8 agosto, 2024

Aapresid e RTRS Assinam um Memorando de Entendimento para Fortalecer e Expandir Padrões de Agricultura Sustentável

Este acordo representa um avanço significativo na cooperação entre ambas as associações, com o objetivo de promover práticas agrícolas responsáveis e regenerativas.

Durante o XXXII Congresso Aapresid “Tudo está conectado”, a Mesa Redonda da Soja Responsável (RTRS) e a Associação Argentina de Produtores em Semeadura Direta (Aapresid) assinaram um Memorando de Entendimento (MoU) para fortalecer e expandir os padrões de agricultura sustentável na Argentina. Este acordo renova a colaboração iniciada em 2013, com foco na promoção de práticas agrícolas responsáveis e regenerativas.

O MoU, assinado pelo presidente da Aapresid, Marcelo Torres, e pela Diretora Executiva Global da RTRS, Luiza Bruscato, estabelece um quadro de cooperação baseado em objetivos comuns e atividades concretas, como a comparação de protocolos de certificação, a captação de empresas certificadas, o desenvolvimento de acordos específicos para projetos e a organização de seminários e programas de sensibilização. Esta colaboração busca não apenas fortalecer os padrões existentes, mas também desenvolver novas oportunidades para os produtores argentinos.

“Este acordo com a RTRS representa um marco em nossa missão de promover a sustentabilidade na produção agrícola na Argentina. Através desta colaboração, nosso objetivo é não apenas fortalecer os padrões existentes, mas também desenvolver novas oportunidades que permitam aos nossos produtores estarem na vanguarda das práticas agrícolas responsáveis e regenerativas,” afirmou Torres.

“A assinatura deste Memorando de Entendimento com a Aapresid reforça nosso compromisso de criar sinergias com nossos membros, promovendo a adoção de padrões e métricas globais de sustentabilidade. Juntos, estamos abrindo caminhos para que a agricultura responsável se torne um pilar fundamental do desenvolvimento econômico do país. É essencial que o produtor receba incentivos pelo seu trabalho na preservação dos serviços ambientais no campo”, declarou Bruscato.

RTRS Participou de um Painel sobre Desafios e Oportunidades Diante das Novas Regulamentações da União Europeia

Durante o XXXII Congresso Aapresid, foi realizado o painel “Regulamentações, rastreabilidade e certificações nos mercados internacionais: ameaça ou oportunidade?” para analisar a entrada em vigor, em 1º de janeiro de 2025, da regulamentação da União Europeia que proíbe a importação de um grupo de matérias-primas e derivados provenientes de áreas que foram desmatadas após 2020, incluindo dois produtos que afetarão diretamente as exportações da Argentina: carne e soja.

O painel foi moderado pelo Eng. Agrônomo e Mg. em Economia Agrária Marcelo Regúnaga, e contou com a participação de Laura Villegas, Gerente de Desenvolvimento de Mercado e Assuntos Corporativos da RTRS; Andrés Costamagna, produtor e diretor da Sociedade Rural Argentina (SRA); Gustavo Idígoras, presidente da plataforma VISEC e da Câmara da Indústria Oleira e do Centro de Exportadores de Cereais (Ciara-CEC); e Alejandro O’Donnell, produtor e associado da Aapresid.

Villegas falou sobre o Regulamento da União Europeia para Produtos Livres de Desmatamento (European Union Deforestation-free Regulation ou EUDR) e explicou que “é parte de uma série de ações ambiciosas do Pacto Verde da União Europeia (UE), focadas em combater o desmatamento, reduzir as emissões de gases de efeito estufa, proteger a biodiversidade e garantir o respeito pelos direitos humanos”.

“Este cenário regulatório é uma tendência”, antecipou Villegas, “e provavelmente haverá uma revisão da regulamentação no próximo ano que estenderá a regulação ao milho e seus derivados”. Além disso, referiu-se a outras diretrizes em desenvolvimento que podem incluir requisitos sociais e ambientais mais amplos no futuro. “Neste contexto, padrões de certificação e rastreabilidade como os da RTRS ou ferramentas de gestão como a plataforma Visão Setorial do Gran Chaco (Visec) se posicionam como soluções complementares e estratégicas”.

Do ponto de vista da RTRS, Villegas destacou a importância de focar nas oportunidades oferecidas por essas novas condições de mercado. “A melhoria contínua é essencial, não apenas nos processos, mas na criação de uma proposta de valor diferenciada, neste caso, dos ativos ambientais argentinos. Antecipar-se e implementar soluções de gestão permitirá cumprir com as exigências do mercado e criar produtos diferenciados, como carbono ou cultivos de cobertura”.

Alinhada com essa visão de continuar agregando valor diferencial, Villegas destacou que a RTRS desenvolveu a solução de rastreabilidade RTRS EUDR Mix, alinhada com os requisitos de legalidade da EUDR. “Este novo módulo é uma ferramenta chave para as empresas que importam para a União Europeia e buscam cumprir tanto com seus objetivos de sustentabilidade quanto com as regulamentações do mercado”.

“Se anteciparmos as diretrizes que virão na agenda futura, isso inclui direitos sociais e Boas Práticas Agrícolas (BPA). O desafio está em como antecipamos essas necessidades de mercado e nos preparamos para responder com uma proposta de valor diferenciada. Na Argentina, temos muitos avanços que podemos monetizar. Em um mundo que já não compra apenas produtos, mas também ativos ambientais, devemos nos preparar para valorizá-los”, concluiu.

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