30 julho, 2024

Produção sustentável na África: um grupo de produtores de Uganda obteve a certificação RTRS

Um grupo de 2.628 produtores em Uganda obteve a certificação RTRS de soja não-OGM. Este feito, liderado pela Regenesus Commodities Limited, não só fortalece as práticas agrícolas locais, mas também impulsiona o acesso a mercados internacionais comprometidos com a sustentabilidade e a responsabilidade ambiental.

Depois de sete anos desde a última certificação de produção RTRS na África, um grupo de 2.628 produtores de Uganda alcançou a certificação de 8.445 toneladas de soja não-OGM sob o Padrão RTRS de Produção de Soja Responsável. A Regenesus Commodities Limited certificou um total de 6.060 hectares nos distritos de Amuru, Gulu e Omoro em Uganda.

Cada um dos produtores possui, em média, entre uma e três hectares, e obtiveram a certificação com o apoio de seu gerente de grupo, Manoj Saket, Country Manager da África Oriental na Regenesus Commodities Limited. Sobre o contexto em que esta certificação foi possível, Saket comentou: “Em Uganda, os produtores agrícolas se organizam em grupos e seguem práticas agrícolas decididas em reuniões comunitárias, onde discutem diversos temas como o estoque de plantio, agendas de negócios, condições de trabalho, planos educacionais e a conservação de áreas florestais, entre outros”. Segundo Saket, esta forma de trabalho grupal facilitou o acesso à certificação RTRS e permitiu obter melhores rendimentos, assim como fortalecer as relações comunitárias e o acesso a mercados internacionais.

Jessica Leite, Supervisora de Certificação RTRS da Control Union, organismo responsável pela emissão do certificado para a Regenesus Commodities Limited, sublinhou a importância do alinhamento e compromisso entre os produtores para obter a certificação RTRS. “A região enfrenta desafios na agricultura, como o acesso limitado à tecnologia e infraestrutura. No entanto, estes não foram impedimentos para a implementação adequada dos requisitos do padrão; ao contrário, foram tomados como oportunidades para a inovação e o desenvolvimento. Os integrantes deste grupo demonstraram estar abertos à melhoria contínua e às adaptações que a certificação exige”.

Segundo Saket, os agricultores de Uganda cada vez mais se aproximam de iniciativas sustentáveis que impliquem proteger os solos, melhorar a gestão da água, potencializar os trabalhadores, melhorar as relações com as comunidades e ser proativos no desenvolvimento do mercado internacional, tal como proporciona o Padrão RTRS.

A certificação RTRS e a proximidade desta região com a Europa facilitariam o acesso à crescente demanda de produtos agrícolas sustentáveis por parte de empresas que são cada vez mais conscientes da origem e do impacto ambiental de suas matérias-primas. “Com o apoio adequado, a região tem o potencial não só de melhorar as condições de vida dos agricultores, mas também de contribuir significativamente para a economia rural e para a conservação ambiental do paísā€, concluiu Leite.

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