Sustentabilidade em foco: especialistas discutem desafios e soluções no III Diálogos da Soja Sustentável no Corredor do Itaqui
Evento reúne autoridades públicas, representantes dos setores agrícola e de infraestrutura para discutir soluções sustentáveis para o complexo portuário de Itaqui, no Maranhão, Brasil.
A terceira edição do evento Diálogos da Soja Sustentável para o Corredor do Itaqui reuniu, entre os dias 3 e 4 deste mês, mais de 100 pessoas entre especialistas, produtores e representantes da cadeia da soja para debater os desafios e as melhores práticas em sustentabilidade na região do Matopiba, que abrange os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia em Brasil e, ainda, os próximos passos da Aliança da Soja Sustentável.
A programação incluiu painéis temáticos e debates com especialistas em meio ambiente, oferecendo uma plataforma para que produtores e empresas da região se aprofundem em práticas agrícolas inovadoras e ecológicas, reforçando o compromisso com o desenvolvimento sustentável no agronegócio.
Realizado em São Luís (MA), o encontro destacou temas como descarbonização, incentivos financeiros e certificação de produtos agrícolas, com foco na redução dos impactos ambientais causados pelo cultivo da soja, uma das principais atividades econômicas da região.
O evento foi organizado pela agência alemã de cooperação técnica GIZ (Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit GmbH), RTRS (Round Table on Responsible Soy Association), CLI (Corredor Logística e Infraestrutura), e IDH, que se uniu especialmente para essa edição.
A assessora especial do governo do Maranhão, Leilivania Lima, destacou que essa edição trouxe várias propostas de atualização de ações de transparência e descarbonização, expondo a visão de quem está trabalhando na prática produtiva. “O Governo vem desenhando novas proposta de trabalhar em cooperação com os atores fomentando o desenvolvimento do Estado. Estamos aprendendo e querendo entender como melhorar as parcerias.”
De acordo com Petra Ascher, diretora da GIZ Brasil, o objetivo foi promover a troca de experiências com o intuito de encontrar soluções para a sustentabilidade socioambiental. “Reunimos especialistas e elos da cadeia produtiva da soja, incluindo a agricultura familiar, para discutir estratégias para diminuir os índices de desmatamento, respeitando a legislação e trazendo benefícios para o meio ambiente e a economia local.”
Outro destaque foi a certificação, uma ferramenta que garante a qualidade e a sustentabilidade do produto. “Hoje, mais de um milhão de toneladas de soja já estão certificadas RTRS na região, o que facilita a conexão entre produtores e empresas que demandam produtos sustentáveis. Esse processo fortalece os agricultores e a cadeia produtiva como um todo”, explicou Cid Sanches, consultor externo da RTRS. “Diante dos desafios atuais, diversas ferramentas e profissionais estão engajados na busca por soluções. Como mesa redonda, a RTRS se orgulha de facilitar essa discussão, apresentando a certificação como uma solução sustentável”, adicionou.
O CEO da CLI, Helcio Tokeshi reafirmou a importância de reunir os atores para debater e concretizar soluções a desafios comuns, explorando oportunidades de produzir de forma mais eficiente e sustentável.
A IDH, que participou pela 1ª vez, contribui para a transformação de mercados por meio de inovação colaborativa, articulação e investimento em soluções inclusivas e sustentáveis. Atuando em cadeias globais de valor, reúne stakeholders para desenvolver programas focados no comércio sustentável.
Agora os participantes terão encontros frequentes para evoluir discussões e ações que beneficiem toda a cadeia produtiva da soja, gerando impactos positivos nas esferas social, ambiental e econômica, fortalecendo a Aliança da Soja Sustentável. (https://aliancasojasustentavel.org/)
Sobre o evento
A inciativa “Diálogos da Soja Sustentável para o Corredor de Itaqui” faz parte de uma ação conjunta entre o projeto Sustentabilidade e Criação de Valor nas Cadeias Produtivas da
GIZ Brasil, a Mesa Global de Soja Responsável (RTRS, na sigla em inglês) e a empresa Corredor Logística e Infraestrutura (CLI).
O projeto é uma cooperação entre o programa global AgriChains da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbei(GIZ) GmbH e o Governo do Maranhão, com o apoio do Ministério Federal da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento (BMZ) da Alemanha.
A Aliança é uma plataforma colaborativa que reúne múltiplos stakeholders com o objetivo de fortalecer e expandir a atuação de seus membros. Por meio de diálogos, capacitação técnica e ações conjuntas, a Aliança promove um espaço de engajamento voltado à produção e exportação de soja na região do Matopiba.
Sobre a CLI
A Corredor Logística e Infraestrutura (CLI) é uma empresa especializada em infraestrutura e logística portuária para o agronegócio. Com expertise, inovação e excelência operacional, a CLI oferece serviços flexíveis e de alta qualidade, auxiliando as tradings a serem mais competitivas. Atualmente ela é um dos quatro operadores do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram) localizado no Porto de Itaqui e opera a Elevações Portuárias S/A, no Porto de Santos. Pertencente às gestoras Macquarie Asset Management Real Assets (MAM) e IG4 Capital, a CLI também possui uma agenda ESG, contribuindo para o desenvolvimento do agronegócio responsável no Brasil.
Sobre a GIZ
A Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH é uma empresa federal de utilidade pública que apoia o Governo Federal da Alemanha em seus objetivos na área de cooperação internacional. A GIZ atua no âmbito da Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável, que une forças dos dois países para enfrentar os desafios globais como a preservação da biodiversidade e o combate às mudanças climáticas. No Brasil, a GIZ atua, principalmente, em duas áreas temáticas: proteção e uso sustentável das florestas tropicais, assim como energias renováveis e eficiência energética.
Sobre a IDH
A IDH busca transformar mercados por meio de inovação colaborativa, convocação e investimento em soluções inclusivas e sustentáveis que permitam às empresas criarem valor para as pessoas e para o planeta. Para atingir esse objetivo, a IDH reúne partes interessadas e comprometidas, de todas as cadeias globais de valor, em busca de visões conjuntas e programas com agendas focadas no comércio sustentável.
A presença internacional da IDH se estende por várias regiões, facilitada por uma rede de cerca de 400 funcionários, incluindo especialistas que estão integrados nas principais cadeias de valor agrícola, de manufatura, de vestuário e de commodities. Em 15 anos de operação, a IDH mobilizou investimentos e apoio do setor privado para testar e inovar modelos de negócios projetados para melhorar os empregos, a renda, e o meio ambiente com igualdade de gênero para todos.