O objetivo do painel intitulado “Riscos e oportunidades para o Agronegócio” do evento Agrobalsas “O Milagre no Cerrado” organizado pela FAPCEN, foi gerar consciência sobre o desenvolvimento sustentável no agronegócio.

No dia 14 de maio, a Mesa Redonda da Soja Responsável (RTRS) no Brasil,  apresentou o papel da certificação para o desenvolvimento sustentável e explicou como o Padrão RTRS contribui para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU) no primeiro painel do dia. 

“O Padrão de Produção RTRS visa garantir que a soja não apenas atenda aos mais altos padrões ambientais (incluindo desmatamento e conversão zero), mas também a uma ampla gama de requisitos sociais e trabalhistas. Nesse sentido, as contribuições da RTRS para os ODS são significativas graças ao seu modelo holístico”, disse Cid Sanches, o Consultor Externo da RTRS no Brasil. Nesse ponto, Sanches se referiu ao relatório da Copenhagen Business School (CBS), desenvolvido em colaboração com a Preferred by Nature, que apoia, entre suas conclusões, o alinhamento da RTRS com os ODS e fornece exemplos concretos.

“O agronegócio brasileiro tem plena consciência das grandes oportunidades que o desenvolvimento sustentável representa para o crescimento do setor. Nesse sentido, a certificação RTRS é uma ferramenta fundamental para acompanhar esse processo”, disse Luiza Bruscato, Diretora Executiva Global da RTRS.

Gisela Introvini, Superintendente da FAPCEN, membro da RTRS desde 2012 e atual Vice-Presidente da Mesa, abriu o painel apresentando o trabalho da Fundação na região do Cerrado, destacando sua transformação positiva nos últimos anos.

Após a apresentação da RTRS, Juma Martins, da ACT Commodities, destacou a crescente demanda por soja RTRS no mercado europeu e o valor que as empresas dão aos projetos socioambientais. Nessa direção, Cristina Delicato, da CAT Sorriso, apresentou as iniciativas implementadas por produtores certificados RTRS no Piauí, ilustrando como esse estado, juntamente com o Maranhão, se consolidou como um importante centro de produção de alimentos e um ator fundamental na preservação do Cerrado.

Em seguida, Joélcio Carvalho, Oficial de Parcerias do Centro de Excelência contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos (WFP) no Brasil, abordou o papel do Brasil na diversificação de alimentos. Em seguida, Thales Castro, Cônsul Honorário de Malta, falou sobre o impacto da geopolítica no agronegócio, e Maurone Cangussu, especialista em agricultura de pequena escala, discutiu a pecuária regenerativa e a importância da transição para um modelo de produção livre de carbono.