1 março, 2024

A RTRS participou de um webinar com foco em práticas regenerativas em prol de uma agricultura sustentável

No dia 8 de fevereiro de 2024, a Associação Internacional de Soja Responsável (RTRS) participou da reunião de especialistas da CSI intitulada “Soja e agroecologia:  as práticas regenerativas são capazes de cumprir as Metas de Paris e Montreal?”, organizada pela Collaborative Soy Initiative (CSI, por suas siglas em inglês).

A reunião da CSI proporcionou uma visão geral do tema, concentrando-se em aspectos técnicos como a gestão do solo e dos recursos hídricos, produtos químicos, sementes e biodiversidade.

Durante o webinar, a RTRS apresentou os resultados de um estudo comparativo realizado pela Peterson Consultancy, que comparou indicadores do Padrão RTRS de Produção de Soja Responsável a práticas da agricultura regenerativa. A análise avaliou a incorporação de práticas da agricultura regenerativa, considerando aspectos quantitativos e qualitativos.

O estudo revelou que muitas dessas práticas fazem parte da certificação, embora nem todas sejam incluídas quantitativamente. Ainda assim, existe o potencial de se fazer declarações relacionadas ao compromisso de envolvimento com a agricultura regenerativa ao usar a RTRS.

“O nosso padrão incorpora um grande número de práticas agrícolas regenerativas. Estamos comprometidos com a melhoria contínua e trabalhando ativamente para aprimorar nossas medidas quantitativas e melhorar a avaliação do impacto do padrão. Incentivar cada produtor a entender como melhorar e buscar as melhores práticas, guiados por medições estabelecidas e indicadores-chave de desempenho, facilitará a melhoria contínua ao longo dos anos”, declarou Ana Laura Andreani, Responsável da Unidade Técnica da RTRS.

Lieven Callewaert, Presidente da RTRS, ressaltou a necessidade de ir além da certificação tradicional, acrescentando, ainda, modelos para incentivar os produtores a embarcar em uma jornada “regenerativa”. “Creio que, no início, existe um desafio para os agricultores participarem, pois terão que enfrentar uma pequena lacuna em termos de retorno econômico. Portanto, é preciso buscar mecanismos financeiros para ajudar a preencher essa lacuna, porque acredito que ela seja de curto prazo. No longo prazo, deverá haver ganhos em todos os níveis.”

O encontro foi moderado por Heleen Van Den Hombergh, Coordenadora da CSI, que apresentou os conceitos de agroecologia e agricultura regenerativa. O evento também contou com a participação de Leopold Ritter, Chefe de Pesquisa e Inovação da Donau Soja Organization, que discutiu a implementação e o desenvolvimento de práticas regenerativas no contexto da produção de soja na Europa. Ritter também delineou os princípios da agricultura regenerativa definidos pela Royal Agricultural Society of England: minimizar a perturbação do solo, preservar a cobertura do solo, manter raízes vivas no solo, maximizar a diversidade das plantas e reintroduzir o gado.

Reveja a apresentação da RTRS:

Alinhamento do padrão RTRS com a agricultura regenerativa

A RTRS busca alinhar seus padrões de produção responsável de soja e milho com os princípios da agricultura regenerativa. O evento Ponto de Encontro RTRS 2022 reconheceu a importância das práticas agrícolas que facilitam o sequestro de carbono dos solos, promovendo a biodiversidade e a sustentabilidade do ciclo hídrico.

Os donos de padrões de certificação – como a RTRS e seu Padrão de Produção de Soja (e Milho) Responsável – têm a oportunidade de entender até que ponto seus princípios e critérios estão alinhados com os elementos, conceitos e práticas que definem a agricultura regenerativa.

Sobre a CSI e a RTRS

A CSI, inicialmente convocada pela RTRS, foi construída com base nos resultados das sessões de brainstorming com 31 especialistas de todo o setor da soja, realizadas em 2016 e facilitadas pelo Malik Institute, com posterior atualização em 2019.

Sua missão é atingir uma produção de soja sustentável e 100% livre de conversão, além de sua aceitação no mercado em escala global. Para tal, promovem sinergias entre as iniciativas e ações das partes interessadas e a implementação de ações práticas e comuns para facilitar mudanças sistêmicas dentro e fora da cadeia de suprimento da soja.

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