22 dezembro, 2022

RTRS e GIZ promovem soja sustentável no MATOPI

Através de um acordo de cooperação assinado em 2021, as duas instituições realizam diferentes iniciativas em parceria para promover a criação de cadeias de valor sustentáveis no Brasil

A parceria entre a RTRS (Round Table on Responsible Soy Association) e Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável, por meio da GIZ, tem o objetivo de promover práticas agrícolas sustentáveis na região do MATOPI (Maranhão, Tocantins e Piauí) além de fortalecer o papel da RTRS enquanto mesa-redonda em reconhecimento do valor de sua marca multissetorial que reúne os principais atores da cadeia de valor da soja visando promover o entendimento mútuo e o trabalho em sinergia.

No âmbito do projeto chamado “Sustentabilidade e criação de valor nas cadeias produtivas”, uma cooperação entre o programa global AgriChains da GIZ e o Governo do Maranhão, as duas instituições buscam ampliar a discussão sobre sustentabilidade na cadeia da soja no estado, e prevê a promoção de estudos, eventos e ações de comunicação para engajar atores sobre a necessidade da produção, comércio e uso da soja responsável na região. Por meio da iniciativa, RTRS e GIZ querem incentivar a troca de experiências entre produtores, fornecedores, fabricantes de alimentos, varejistas, instituições financeiras e organizações da sociedade civil, aumentando a integração entre eles para produzir resultados em prol da produção sustentável na região. 

Encuentros sobre a soja sustentável para a região do MATOPI

Em setembro, as instituições deram início a uma série de eventos virtuais sobre o tema, visando facilitar a comunicação, articulação e cooperação entre os atores da cadeia. Durante o primeiro debate, entidades puderam discutir a importância da cooperação entre a RTRS e o GIZ para a construção de uma “Agenda Soja Maranhão Sustentável” e compartilhar experiências com o objetivo de ampliar as ações e progressos em práticas agrícolas sustentáveis na região. Como palestrantes participaram Gisela Introvini, Superintendente da Fundação de Apoio ao Corredor de Exportação Norte – FAPCEN, Bernardo Pires, Gerente de Sustentabilidade da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais – ABIOVE, além do assessor técnico da GIZ, André Machado, e de Cid Sanches, Consultor da RTRS no Brasil. O encontro reuniu cerca de 60 participantes e permitiu que todos conhecessem as várias ações de promoção à sustentabilidade que vêm sendo postas em prática no estado, tendo inclusive na agricultura um exemplo de destaque devido ao grande volume de certificação RTRS.

No segundo webinar, ocorrido em novembro, discutiu-se o papel exercido pelo setor de logística na promoção da soja sustentável para a região do MATOPI. Durante o encontro, que reuniu mais de 90 participantes, representantes do setor de logística puderam compartilhar experiências e ações que têm contribuído para a melhoria contínua da produção e o esforço em manter a região sustentável, além de trazer um panorama sobre a realidade da cadeia de logística na região e seus impactos sobre a produção da soja sustentável. Como palestrantes participaram Ted Lago, presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária – EMAP Porto do Itaqui; o Gerente Geral de Marketing da empresa VLI – Logística, Diego Zanella; Hélcio Takeshi, CEO do Corredor Logística e Infraestrutura – CLI, e European Outreach & Engagement Manager da RTRS na Europa, Evert Raymakers, e a diretora do Projeto Sustentabilidade e Criação de Valor nas Cadeias Produtivas da GIZ Brasil, Petra Ascher.

Neste encontro, chegou-se à conclusão de que o Porto de Itaqui e as empresas que operam na região estão aptas para realizar o escoamento de soja responsável, com rastreabilidade, e que muitos avanços ainda estão ocorrendo e dependem, em grande parte, da demanda de compradores internacionais por produtores sustentáveis.

Em dezembro, o terceiro encontro, agora em formato presencial, ocorreu ao longo de dois dias e reuniu cerca de 50 participantes na capital São Luís e trouxe novas discussões para incentivar os avanços da agricultura sustentável de soja na região, buscando salientar a importância do diálogo entre autoridades públicas e o setor de infraestrutura logística para alcançar um alinhamento entre os atores sobre as políticas, legislações, e instrumentos para a soja sustentável. Neste evento, além da RTRS e da Cooperação Brasil-Alemanha, também estiveram presentes representantes: das Secretarias de Agricultura e Pecuária – SAGRIMA, de Agricultura Familiar – SAF, e de Direitos Humanos e Participação Popular – SEDIHPOP do governo do Maranhão; da Empresa Maranhense de Administração Portuária – EMAP e do Corredor Logística e Infraestrutura – CLI. O encontro também contou com a participação de representantes da indústria, comércio, além de diversas tradings e produtores atendidos pelo programa “Cadeias Sustentáveis” que vem sendo implementado pela GIZ no Estado do Maranhão, com o objetivo de aumentar a sustentabilidade das cadeias produtivas da soja e de outros produtos como babaçu, carnaúba e jaborandi. 

O evento foi marcado por mesas redondas para a construção de estratégias que buscam dar visibilidade aos avanços alcançados pela região em projetos de sustentabilidade. Os participantes também desenvolveram trabalhos em grupo para identificar sinergias e apoiar a construção de políticas públicas e estratégias de comunicação com este mesmo intuito. 

Ao todo, os encontros reuniram um total de 202 participantes de 15 países diferentes, o que evidencia o potencial da parceria entre as duas instituições para ampliar a comunicação e cooperação entre os diversos atores da cadeia da soja, nacionais e internacionais.

Por outro lado, a GIZ também participou como palestrante no encontro “Coalizão de interesses: rotas de impacto” no Ponto de Encontro RTRS 2022: “Semeando Espaços em Comum” que ocorreu na Alemanha em 22 de novembro. Benjamin Mohr, Gerente de Projetos da GIZ (Alemanha) apresentou a experiência do Programa Agrichains Brasil para o desenvolvimento da cadeia sustentável de soja no Maranhão. Em sua apresentação destacou-se também “a dupla abordagem” do projeto, com foco na cadeia e ao mesmo tempo nos territórios, além das boas práticas do sistema de cooperação criado por ele, incluindo os Diálogos da Soja Sustentável para o Corredor de Itaqui.

 

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