26 novembro, 2018

Padrões robustos de certificação são uma oportunidade de eliminar o dematamento ‘legal’

O padrão RTRS atende aos objetivos contra o desmatamento da Declaração de Amsterdã.

O desmatamento “legal” em grande escala tem crescido ultimamente na América do Sul e a Associação Internacional de Soja Responsável (RTRS) enfrenta a situação com seu sistema de certificação de soja e oferece oportunidades para eliminar o desmatamento legal com vistas a garantir uma cadeia de alimentos verdadeiramente sustentáveis.

A RTRS é uma organização reconhecida internacionalmente e que promove a produção, comércio e uso responsáveis ​​da soja. Segundo estimativas do World Wildlife Fund (WWF), 88 milhões de hectares da Amazônia e do Cerrado ainda podem ser “legalmente” desmatados se nada for feito para protegê-los.

A RTRS oferece uma solução para o desmatamento ‘legal’ na América do Sul com seu sistema de certificação de soja. Desde 2009, o sistema de verificação e certificação da RTRS promove e garante o desenvolvimento de cadeias de alimentos sustentáveis.

Os produtores responderam a esse desafio e, globalmente, certificaram 4 milhões de toneladas de soja pelo padrão RTRS em 2017 e esperam ultrapassar esse número em 2018. Assim, através de sua ampla rede de produtores, a RTRS oferece um padrão robusto e reconhecido de certificação da soja, bem como uma solução prontamente disponível para abordar, com amplo alcance, temas como o desmatamento e a conversão de terras naturais.

Dois relatórios sobre padrões de certificação lançados recentemente pela Mekon Ecology e pela Thunen em apoio à Amsterdam Declarations Partnership – a iniciativa de países europeus que trabalha para eliminar o desmatamento decorrente da produção e comércio agrícola e de commodities, assinada pela Dinamarca, França, Alemanha, Itália, Holanda, Noruega e Reino Unido – destacam que a RTRS garante o desmatamento zero na produção de soja e oferece um sistema transparente de certificação do processo de produção.

O relatório da Thunen também conclui que, embora muitos sistemas – como os da Diretriz de Suprimento de Soja da FEFAC – representem avanços positivos em direção ao suprimento sustentável da soja, mas apenas alguns poucos sistemas de certificação atendem aos objetivos de desmatamento zero da Amsterdam Declarations Partnership.

O sistema de certificação da RTRS é uma abordagem verdadeiramente holística que protege o meio ambiente e exige a implementação as práticas agrícolas sustentáveis e o cumprimento de direitos sociais e laborais.

À ocasião do anúncio do Manifesto do Cerrado em 2017, Jean F. Timmers, Líder Global de Soja do WWF, declarou que a RTRS será fundamental para garantir os avanços contra o desmatamento.

“O WWF assinou o Manifesto do Cerrado, é parceiro-chave na Colaboração para Florestas e Agricultura e considera a RTRS o único padrão que proíbe, explicitamente, toda e qualquer conversão de vegetação natural. É uma ferramenta muito útil para garantir a consecução transparente desse objetivo”.

De acordo com Marcelo Visconti, Diretor Executivo da Associação Internacional de Soja Responsável, “para tratar da questão do desmatamento ‘legal’, a RTRS reúne os produtores, indústria, governos e ONGs e oferece uma solução integral para toda a cadeia de valor da soja. Organizações em destaque dos setores de alimentos e rações para animais podem se inscrever em nosso sistema de certificação para participar ativamente da proteção da Amazônia e do Cerrado”.

Sobre a Declaração de Amsterdã

A Declaração de Amsterdã foi assinada por vários países europeus, incluindo o Reino Unido, a França, a Dinamarca, a Alemanha, os Países Baixos e a Noruega. A declaração reconhece a necessidade de eliminar o desmatamento no comércio de commodities agrícolas nesses países, que são Estados Membros da União Europeia. Todos esses países apoiam o setor privado e as iniciativas públicas para eliminar o desmatamento até 2020.

 

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